Quando você faz uma apresentação em público quem fala é você ou alguma personalidade que você admira? Minha pergunta tem um porquê: você deve falar em público sendo você mesmo e não imitando outra pessoa, ou seja, um orador deve falar com total naturalidade.
A naturalidade consiste em você agir numa apresentação em público como se estivesse falando (conversando) com seus amigos ou familiares no dia a dia e não em uma solenidade. Por isso, diz-se que o orador deve falar com a plateia e não para ela.
Algumas pessoas, quando são convidadas a falar em público, mudam sua forma de falar, isto é, procuram utilizar palavras mais sofisticadas, que não fazem parte de seu vocabulário habitual ou, pior, modificam a voz, como se quisessem falar de forma mais solene ou elegante.
Há também algumas pessoas que chegam ao ridículo de imitar a voz e trejeitos de jornalistas ou de pessoas conhecidas do meio profissional no qual atuam. Quando isso acontece, a mensagem deixa de ser o centro das atenções, pois o público se concentra na cena cômica protagonizada pelo orador, que deixa de ser ele mesmo para ser um ator, imitando uma personalidade. O foco que deveria estar na mensagem, passa a estar no “show”.
Outros, durante suas apresentações, não se preocupam com o conteúdo a ser explicado, mas com as técnicas de oratória.
A falta de espontaneidade com relação às técnicas só pode acontecer durante os treinamentos em um curso de oratória ou no decorrer do treinamento em casa, pois nesses casos, o participante estará aprendendo e treinando, para que, com o tempo, as técnicas se tornem habituais. Entretanto, se isso acontecer durante uma apresentação fora do curso de oratória, o público notará a ausência de espontaneidade (premeditação das técnicas), e, por esse fato, deixará de acreditar no orador, porque ao agir assim, ele “não é digno de confiança”.
Sempre aprendi com os meus vários professores que o orador precisa de três importantes qualidades: naturalidade, mais naturalidade e mais naturalidade ainda. Com isso, fica claro que a qualidade mais importante de um orador é a sua naturalidade, ou seja, o orador deve treinar em casa para que as técnicas e os gestos se tornem habituais (automáticos), mas não pode deixar de ser ele mesmo. O orador precisa falar e agir como faz no seu cotidiano. Com o passar do tempo, agindo naturalmente, as técnicas serão feitas de forma automática, sem que a pessoa perceba que as está fazendo (estado de maestria). Esse é o segredo: treinar e não premeditar.
Em um próximo artigo falarei a respeito de uma técnica importante de Programação Neurolinguística, que é a modelagem. Você pode aprender muito modelando os grandes oradores, mas isso não significa que você tenha que fazer o “jogo do sombra”. Você deve aprender, tornar as técnicas habituais, mas sendo sempre você mesmo. Você é um ser único, especial, e, portanto, deve ser sempre você mesmo!
Até o próximo artigo! Ao sucesso!