O medo de falar em público e a vitória sobre as crenças limitantes.
Você se autossabota? O que é isso, Mário?!
Autossabotar-se na arte de falar em público, nada mais é que ficar pensando ou dizendo “Eu não sou bom!”; “Eu não sirvo para falar em público!”; “Eu não tenho boa linha de argumentação!”; “Os outros são melhores oradores, então, deixa que eles falem!”.
Muitas pessoas agem, pensam e falam dessa forma. Mas, de onde vem esses pensamentos de baixa-estima que são obstáculos ao seu sucesso pessoal e profissional? Eles vêm, muitas vezes, de situações que aconteceram no passado e que, seja por qual razão for, você interpretou erroneamente.
A autossabotagem, pode, muitas vezes, estar ligada ao medo de falar em público. Este medo, na maior parte dos casos, tem sua origem, como já mencionei, em uma situação vivida no passado com pais ou colegas de aula.
No tocante aos pais, o medo e a autossabotagem têm início quando os genitores impedem a criança ou o adolescente de falar numa roda de bate-papo adulto, com a seguinte frase: “Em conversa de adulto criança (adolescente) não se mete!”. Isso é profundamente inibidor e irritante e, sei por experiência própria. Parece que a criança ou o jovem não tem assunto, não deve falar ou não sabe se expressar.
Infelizmente, muitos pais agem dessa forma, impedindo seus filhos de se expressarem quando são crianças ou adolescentes. Tudo isso vai inibindo a criança e o jovem e construindo neles a ideia de que não devem ou não sabem se comunicar. Consequentemente, essas pessoas crescem introvertidas, com medo de se expressar, de serem criticadas ou de não saberem como falar corretamente.
Outra fonte causadora do medo de falar em público e da autossabotagem são os comentários e brincadeiras de mau gosto.
Os comentários impróprios, muitas vezes, partem dos pais, que dizem: “Fica quieto!”; “Você não tem assunto!”; “Você só diz besteira! É melhor ficar quieto!”
Já as brincadeiras de mau gosto, geralmente, ocorrem no ambiente escolar e, o constrangimento é, por vezes, muito maior.
Lembro-me de que, algumas vezes, presenciei situações nas quais, após um colega fazer uma pergunta ou um comentário em sala de aula, outro dizia: “Nossa! Cala a boca! Não diz besteira!” Ou ainda: “Que ideia ridícula!” Quase sempre, esses comentários eram seguidos de gargalhadas de toda a turma. Era uma situação extremamente desagradável e inibidora. Eu já passei por isso e afirmo: essa situação impede a pessoa que foi zombada de se expressar novamente, seja na escola ou em qualquer oportunidade, pois ela tem medo de passar, outra vez, por aquele constrangimento.
Por meio da Programação Neurolinguística aprendemos que aquilo que vivenciamos nem sempre é a realidade, mas, sim, a interpretação que damos a ela. Para compreender melhor essa afirmação é preciso entender como nós funcionamos internamente.
As informações entram para a gente a todo o momento pelos nossos 5 (cinco) órgãos do sentido: visão, audição, olfato, paladar e tato. As informações ao entrarem por esses órgãos, passam pelos nossos programas (cerebrais) que já foram criados, pelos nossos filtros. Os filtros são as nossas crenças, nossos valores, nossa história de vida, nosso foco do momento, nosso estado de humor. Duas ou mais pessoas podem vivenciar as mesmas informações (situação), mas cada uma fará a sua interpretação.
A PNL ensina como funcionamos, por meio de um PRESSUPOSTO (metáfora), qual seja, “O MAPA NÃO É O TERRITÓRIO”. O território é a informação vivenciada. Essa informação (situação) pode ser vivenciada por várias pessoas ao mesmo tempo, mas cada uma terá a sua interpretação da informação que aconteceu (isso é o MAPA). Cada pessoa tem o seu mapa.
Exemplo: Um pai diz para seus dois filhos: “Fiquem quietos! Vocês não têm assunto!”. A informação (situação: frase dita pelo pai) é a mesma para os dois filhos, porém, cada um terá o seu mapa, ou seja, a interpretação daquilo que ocorreu.
Um dos filhos pode entender que o pai estava cansado, que teve problemas no serviço e acabou descontando a raiva neles e, por isso, nem dar atenção a frase desabonadora do pai. Já o outro pode achar que o pai falou uma grande verdade, isto é, que ele não tem assunto e, dessa forma, poderá adotar como comportamento fugir de toda a oportunidade que tiver de falar em público.
Qual interpretação está certa? Nenhuma está certa ou errada, pois cada um fez a sua interpretação com base no seu mapa, na sua maneira de enxergar a vida, na sua forma de interpretar aquilo que ocorreu.
Por que isso ocorre? Porque o processo é simples: a gente vê, ouve e sente (a informação entra pelos cinco órgãos do sentido). O que vemos, ouvimos e sentimos nos causa um sentimento (após pensarmos e interpretarmos a situação) e este sentimento nos faz ter um determinado comportamento. A informação poderá me afetar ou não. Tudo dependerá da minha forma de interpretar e pensar.
Então, Mário, nós podemos mudar o nosso comportamento, como, por exemplo, fugir, se negar a falar em público em virtude de fatos ocorridos no passado? Sem dúvida! Para mudar o comportamento é preciso mudar o pensamento. Todavia, não adianta mudar direto o comportamento, sem antes mudar a forma como você pensa.
Então, para começar a sua liderança interna, ou seja, ser líder de si e mudar seu comportamento, mude primeiro o seu pensamento (crenças limitantes) de forma genuína, sem fingimento
Por fim, cuide dos seus pensamentos. Eles estão diretamente ligados a forma como você se sente e, consequentemente, a forma como você se comporta. Veja o quadro a seguir:
PENSAR | SENTIR | AGIR |
Impossível | Desânimo | Desistir |
Vantajoso | Motivado | Tentar |
Chato | Preguiça | Deixar para depois |
Perigoso | Medo | Fugir |
Maravilhoso | Empolgado | Repetir |
Difícil | Ansiedade | Paralisar |
Como visto o nosso pensamento (a nossa conversa interna) influencia no nosso comportamento. Então, precisamos mudar a forma de pensar, ressignificar os acontecimentos e mudando positivamente, evoluir na nossa vida pessoal e profissional.
Nos meus cursos de oratória, ensino técnicas de oratória e PNL que ajudam a ressignificar acontecimentos e a lidar e a vencer o medo de falar em público.
E, então, quer evoluir? Quer vencer seus medos, mudar sua forma de pensar e falar em público com maestria? Inscreva-se em um dos cursos de oratória e venha conhecer esta arte tão importante e fascinante!
Te vejo nos cursos! Um abraço e, ao sucesso!