A polidez e o domínio das emoções para vencer um debate.

Passado o período eleitoral é possível verificar o quão importante é a arte de falar em público, especialmente no que tange ao convencimento e ao debate.

Ficou mais que comprovado que ser famoso não é requisito sine qua non para conquistar a vitória nas urnas. Muito mais que fama é necessário convencer, é necessário ter habilidade de debater ideias.

Um chefe de Estado precisa demonstrar domínio das emoções. É preciso usar a inteligência emocional. Um destempero e a consequência é a derrota nas eleições e, por vezes, um arranhão na imagem que se torna difícil de reverter.

Em um mundo onde todos buscam a fama, ou ao menos os seus 15 minutos de sucesso, parece que, de agora em diante basta isso para ser bom político, bom ator, bom apresentador e bom profissional. Ledo engano!

Ao menos para mim ficou evidente que a população ainda quer seriedade, quer pessoas capazes de fazer deste país um lugar melhor para se viver. O fato de ter milhões de seguidores não significa que você é o rei do convencimento e que possui as habilidades para exercer um cargo político. Um político não deve fazer dancinhas ou piadinhas. Deve ter seriedade, capacidade de solucionar conflitos e resolver problemas dos mais diversos.

Ser famoso significa ser conhecido e, isso, apenas, não é o suficiente para ganhar uma eleição. Quantas famosos ficaram no meio do caminho. É preciso ter boas ideias e, não somente isso. É necessário saber transmitir essas ideias e convencer o eleitorado.

Em um debate político vemos que ser famoso é somente um “adjetivo”. Um aspirante a um cargo político deve ter polidez e, isto implica dizer: educação. Posso não concordar com os argumentos da parte contrária, mas nem por isso devo atacar verbalmente e, muito menos, fisicamente.

Somos seres humanos, passíveis de erros. Não há santo nesta Terra. Alguns podem alegar em sua defesa que por uma fala injusta do opositor o “sangue subiu à cabeça”. Mas é justamente nesta hora que o domínio das emoções se faz necessário. É preciso inteligência emocional. Se formos parar para pensar, o que o opositor que levanta um argumento maldoso quer? A resposta: desequilibrar o oponente. Basta lermos os livros sobre técnicas de debate à venda no mercado.

Irritar-se é uma atitude excelente para ganhar a desaprovação do público. Além disso, a irritação e o desrespeito são como o álcool, pois alimentam o fogo da discussão e da agressividade.

Não se ganha um debate (seja ele qual for) nem se soluciona uma situação levantando-se a voz, sendo arrogante e tendo falta de polidez. Essas atitudes só servem para prejudicar a imagem do orador e criar um clima de hostilidade. Portanto, seja educado, polido e não se exalte. Ataque os argumentos, não os debatedores, pois o que estará em questão serão as teses, não as pessoas. Mesmo que você não simpatize com o opositor, não se exalte. Ataque os argumentos dele, não ele.

Em hipótese alguma responda de forma agressiva ou ataque seu opositor, pois você será visto como uma pessoa mal-educada e desbocada.  Também não utilize palavras de baixo calão ou ofensivas. Em caso de ofensa ou ataque, faça como ensina o professor Acácio Garcia em seu curso e em seu livro. Diga: “Em que pesem as palavras inflamantes do ilustre debatedor, ouso divergir pelas seguintes razões: […].

Não utilize os debates para se referir ao opositor como candidato suspeito ou qualquer outro adjetivo negativo. As pessoas querem ideias (propostas) que melhorem a vida de todos e não um show de ofensas e baixarias que algumas vezes presenciamos. Aliás candidato que usa do debate que é para apresentar ideias e debater temas que tragam melhoria para a população para ficar humilhando e ofendendo o adversário deveria nem receber voto. Pois, se usa dessas artimanhas baixas para tentar derrubar o opositor e ganhar uma eleição, já comprova que falta caráter e, sendo assim, pode, por ventura vir a ser corrupto.

Devemos votar em quem sabe debater temas que beneficiam a população; que solucionem o problema do trânsito, do esgoto, do clima, da saúde, da educação e, não, em quem perde seu tempo tentando arranhar a imagem do adversário tentando ganhar não nas boas ideias, mas, sim, no constrangimento e tentando manchar a imagem do opositor.

Portanto, é preciso conhecer bem as técnicas de oratória ligadas ao bom debate e a transmissão de ideias e convencimento do público. É preciso primar sempre pela educação e o respeito, lembrando sempre do domínio das emoções (inteligência emocional).

Quer conhecer as técnicas para se sair bem em um debate? Quer obter sucesso no debate eleitoral? Se sua resposta for afirmativa, te convido para fazer o meu curso de oratória Nível 1 + Nível 2, no qual apresento técnicas de debate e todas as outras técnicas para se tornar um orador irresistível!

Um grande abraço, caro leitor. Ao sucesso! Até o próximo artigo!

GARCIA, Acácio Moraes. Como falar em público com naturalidade e entusiasmo. 11. ed. Florianópolis: Editora do Autor, 2000. p. 35.

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