Olá, caro leitor! Como você está? Espero que bem!
Vamos conversar hoje sobre o maior medo da humanidade, qual seja, o medo de falar em público.
Para você ter uma ideia, em uma pesquisa realizada com três mil pessoas sobre qual era o maior medo delas, o medo da morte ficou em sexto lugar e, em primeiro lugar, ficou o medo de falar em público. O que podemos concluir com isso? A resposta é simples: o medo de falar em público é tão grande que as pessoas preferem morrer a ter que falar em público.
Quando precisam falar em público, seja para apresentar um trabalho escolar ou acadêmico; ler a liturgia nos cultos religiosos; fazer uma palestra ou qualquer outro meio de exposição em público, apresentam diversos sintomas, tais como: as orelhas e o rosto ficam vermelhos e quentes; gagueira; suor nas axilas; as mãos ficam se esfregando sem parar; excesso de movimentos durante a apresentação; quando sentado, tendência a cruzar e descruzar braços e pernas diversas vezes; balançar a cintura constantemente; o famoso branco; dentre muitos outros sintomas. Cada um terá o seu sintoma ou os seus sintomas. Eles variam de pessoa para pessoa.
Mas, o que faz com que as pessoas sintam esse medo e apresentem esses sintomas?
Primeiro vamos entender o porquê dos sintomas. Isso nos remete à era das cavernas. Naquela época o homem era, ainda, um ser irracional, sem cultura e sem evolução. Os fenômenos da natureza eram vistos como uma punição de Deus ou da divindade por eles adorada.
Sendo assim, quando aqueles homens viam o clarão no céu com o raio e, escutavam o barulho assustador do trovão, pensavam que Deus ou a divindade estava irritado com eles e consequentemente os punindo. Como sentiam medo, o organismo se adaptou a situação e começou a jogar o hormônio que hoje conhecemos por adrenalina na corrente sanguínea para que assim os músculos da perna ficassem rígidos e facilitasse a fuga por meio da corrida. Eles literalmente saíam correndo para fugir do suposto perigo.
Acontece que nós, descendentes daqueles homens, herdamos essa adaptação do organismo. Quando precisamos falar em público o organismo fica em alerta, emitindo um sinal de perigo.
Como estamos na frente de uma plateia, não podemos fazer como nossos antepassados e sair correndo em fuga. É necessário ficar e enfrentar a situação. Dessa forma, aquela adrenalina que foi jogada na corrente sanguínea permanece no corpo. Ela só é eliminada com a movimentação, leia-se, a corrida. Como não podemos sair correndo, mesmo porque será um verdadeiro vexame, a adrenalina não é dissipada e o organismo começa a reagir para tentar eliminá-la. Por isso surgem os sintomas anteriormente mencionados: os braços balançam; a pessoa fica fazendo o balancinho que consiste em se apoiar ora sobre uma perna ora sobre a outra, como se fosse o pêndulo de um relógio antigo; o rosto e as orelhas ficam vermelhos; surge o suor; etc.
Como mencionei anteriormente, esses sintomas são devido a adrenalina jogada pelo organismo na corrente sanguínea para facilitar a fuga de um determinado perigo. Mas ao falar em público, qual seria esse perigo do qual nosso organismo nos alerta? O perigo é a sensação de exposição e avaliação.
A pessoa, que não fez um curso de oratória e não conhece as técnicas para vencer o medo e controlar a preocupação se sente exposta ao crivo dos espectadores. O medo da crítica e de errar é gigantesco. No linguajar vulgar, ninguém quer “pagar mico”. A pessoa se sente desprotegida, a mercê da avaliação da plateia. E, hoje em dia, esse medo é ampliado, pois antigamente, somente os cem ou duzentos presentes no auditório é que poderiam fazer alguma crítica e, a crítica ficaria por ali, depois o pessoal esqueceria. Atualmente uma simples filmagem e postagem em rede social pode arruinar a vida pessoal e profissional de uma pessoa.
Deixando de lado essa questão de filmagem, por que até antigamente, quando não havia redes sociais as pessoas já tinham dificuldade de falar em público? Por qual motivo, quando estamos com amigos e familiares falamos com tamanha desenvoltura e quando nos apresentamos em público para pessoas desconhecidas temos tanta dificuldade? Quanto a esse fator, explica o professor Acácio Garcia:
Quando estamos conversando informalmente com amigos, o subconsciente, através da mente humana, emite a todos os sentidos, visão, olfato, gustação e tato, um sentimento tranquilo, pondo-nos à vontade para exercer a comunicação entre duas ou mais pessoas.
Porém, no momento em que somos convidados por alguém para uma fala, reunião ou qualquer apresentação em público, onde estejam presentes pessoas estranhas, o subconsciente não treinado, em frações de segundos, transmite aos sentidos uma sensação de desproteção, de exposição ao ridículo, ou de que algo está fora dos padrões normais, transmitindo medo ao consciente, desligando-o automaticamente.
Ao tratar da mesma questão (medo ou timidez ao falar em público), explica o professor Sílvio Luzardo:
A timidez é um processo inibitório que evolui e se apresenta em determinados locais e ocasiões. Perguntam-me os participantes dos cursos: por que tenho desenvoltura numa roda de amigos e não em público? A resposta é simples e óbvia. Uma, é falar com os amigos e conhecidos. Outra é falar para os conhecidos e ou desconhecidos. Falar com é a essência da comunicação coloquial. Falar para é a essência da expressão e da comunicação formal. Faz uma diferença…
Não resta dúvida de que quando estamos na frente da plateia, nos sentimos expostos e avaliados, o que dificulta sobremaneira a tarefa de bem informar.
Ao falarmos com amigos, somos mais um na conversa ou no debate. Já, ao falar em público, somos o centro das atenções e, não, mais um a falar no grupo. A dificuldade reside nessa diferença. Ao “falar com” estamos apenas conversando, já ao “falar para”, temos a tarefa de transmitir conhecimentos, convencer, ensinar e opinar. Além do mais, sabemos que amigos e familiares serão mais benevolentes o que nos deixa mais à vontade no que diz respeito às críticas.
Como não queremos “fazer feio” nem ser ridicularizados, nos sentimos expostos e avaliados e damos abertura a todo o medo e seus sintomas. Por essa razão, fazer um curso de oratória e aprender a vencer o medo e a controlar a preocupação é demasiadamente benéfico.
Nos meus cursos de oratória ensino técnicas de respiração, inteligência emocional e técnicas de coaching que ajudam a vencer o medo e a controlar a preocupação. Além disso, explico como fazer para ressignificar acontecimentos e frases do passado que podem ter sido o causador do medo da fala em público.
Quer vencer o medo de falar em público e controlar a preocupação? Quer falar em público com segurança, desenvoltura, entusiasmo e convicção? Quer ser um influencer de renome? Quer ser um palestrante que possui a agenda lotada? Se quiser, te convido a fazer um dos meus cursos de oratória, você será muito bem-vindo (a)! Estou aguardando a sua inscrição!
Um abraço! Fica com Deus! E, ao sucesso!
MELLO, Sílvio Luzardo de Almeida. Eu! Falando em público? 1. ed. Florianópolis. Editora do Autor. 2005. p. 151.