Crenças limitantes: o orador imaginado e o orador real.

O Professor Reinaldo Polito ensina que muitas vezes nos enxergamos diferentes do que realmente somos, ou seja, existe um EU REAL, que é como os outros nos veem como orador, e um EU IMAGINADO, que é a nossa autoimagem, isto é, como nos vemos como orador.

Nós somos seres, muitas vezes, extremamente críticos conosco. E algumas pessoas, além das críticas e do perfeccionismo, possuem uma estima muito baixa.

Para piorar a situação esse EU IMAGINADO normalmente é construído pelos registros negativos que a pessoa acumula ao longo da vida, como explica o brilhante Professor Polito. E o medo surge exatamente aí. Os registros negativos influem, sobremaneira, na questão de falar em público.

Mas, o que são esses registros negativos?

Eles nada mais são que acontecimentos do passado que podem ter sido marcantes ou traumáticos, como, por exemplo, pais que impedem os filhos de se expressarem quando são crianças ou adolescente, alegando que “em conversa de adultos crianças e adolescentes não se metem”. O filho ou a filha escuta uma conversa, acha interessante, vai dar uma opinião ou tentar participar da conversa e o pai ou a mãe diz: “Deu! Chega! Pronto! Deixa os adultos conversarem!” Isso é profundamente inibidor e irritante, pois parece que a criança ou o jovem não tem opinião, nem assunto.

Infelizmente, muitos pais agem dessa maneira, impedindo seus filhos de se expressarem quando são crianças ou adolescentes. Tudo isso vai inibindo a criança e o jovem e construindo neles a ideia de que não devem ou não sabem se comunicar. Consequentemente, essas pessoas crescem introvertidas, com medo de se expressar, de serem criticadas ou de não saberem como falar corretamente.

O EU IMAGINADO, também, é construído, quando a criança ou o adolescente escuta comentários impróprios, que, muitas vezes, partem dos próprios pais, que dizem: “Fica quieto!” “Você não tem assunto!” ou “Você só diz besteira! É melhor ficar quieto!”

Frases como essas podem causar um grande obstáculo para a criança ou adolescente que as escutar, haja vista que, se o pai ou a mãe que é o maior elo familiar que um filho ou filha tem, manda ficar quieto ou quieta é porque eles não devem falar. Se dizem a eles que não tem assunto ou que só dizem besteira, qual a motivação e confiança que essas crianças ou adolescentes terão para falar em público daquele momento em diante?

Como se isso tudo não bastasse, o EU IMAGINADO pode ser ainda mais afetado, quando, por vezes, no colégio, ao levantar a mão para tirar uma dúvida, escutar um outro colega dizer: “Nossa! Cala a boca! Não diz besteira!” Ou ainda: “Que ideia ridícula!”. E, a situação fica ainda mais constrangedora e difícil, pois, quase sempre, esses comentários são seguidos de gargalhadas de toda a turma. Essa situação é extremamente desagradável e inibidora. Eu já passei por isso e afirmo: essa situação impede a pessoa que foi zombada de se expressar novamente, seja na escola ou em qualquer oportunidade, pois ela tem medo de passar, outra vez, por aquele constrangimento.

Após todas essas situações que reforçaram negativamente o EU IMAGINADO, surge a hora de falar em público, não por vontade própria, mas, porque a escola exige que o aluno e a aluna apresentem trabalhos oralmente. É hora do trabalho em grupo. Mais uma situação difícil para a criança ou o jovem.

Além do EU IMAGINADO ser extremamente negativo pelas situações vividas ao longo da vida, a criança ou o jovem não sabe como falar. O nosso sistema de ensino é falho! O medo de se apresentar mal, de errar, de ter um “branco” ou cometer uma gafe é gigantesco.

Enquanto alguns países colocam a disciplina de oratória em sua grade curricular educacional, o nosso, não. Por isso, vemos diversas personalidades estrangeiras falando bem e, não é para menos, eles aprenderam a arte de falar em público desde pequenos.

Já aqueles que não tiveram contato com esta arte, nem na escola nem na faculdade, ao precisarem falar em público apresentam uma sensação de exposição e avaliação. Sentem-se avaliadas pelos espectadores, o que dificulta demais a maneira de se comunicar bem.

É nesse momento que o EU IMAGINADO entra em ação. A pessoa que possou pelas frases inadequadas, zombaria, comentários impróprios e desconhece as técnicas para falar bem, se vê como um orador ruim, pois o que vem a mente são os comentários negativos pelos quais a pessoa foi bombardeada a vida toda. Se os outros me avaliam mal eu devo falar mal. Não tenho competência! Não sei falar! Não estou preparado! O outro é melhor! E, então, começa o processo de autossabotagem.

Mas, calma! Para tudo tem solução! Nem tudo está perdido!

Ao estudar Programação Neurolinguística, conheci um dos seus pressupostos, qual seja, o mapa não é o território.

E o que significa esse pressuposto? É o que explicarei agora.

Quando passamos por uma determinada situação (acontecimentos externos, experiência), como essas mencionadas neste artigo, nós VEMOS, OUVIMOS E SENTIMOS. Essas informações colhidas entram para dentro da nossa mente a todo momento por meio dos nossos 5 (cinco) órgãos do sentido e lá são processadas. Estas informações são SISTEMAS REPRESENTACIONAIS, que na Programação Neurolinguística chamamos de VAC, siglas que significam:

V: Visual – Aquilo que vemos.

A: Auditivo – Aquilo que ouvimos.

C: Cinestésico – Aquilo que sentimos, ou seja, as sensações (cheiro, paladar, emoção).

Todas as nossas experiências (acontecimentos) englobam os 3 sistemas. Essas informações que são captadas pelos cinco órgãos do sentido – VAC, vão para o nosso cérebro e passam pelos nossos programas cerebrais que já foram criados pelos seus filtros. Os filtros são as nossas crenças, nossos valores, nossa história de vida, aquilo que estamos focando no momento, nosso estado de humor.

Em seguida, após processar a informação, NÓS PENSAMOS (criamos nossa INTERPRETAÇÃO do acontecido) e o que nós pensamos nos faz SENTIR algo (raiva, tensão, medo, felicidade, amor, etc.). O que nós pensamos e o que nós sentimos influencia diretamente em como nos comportamos (mexe diretamente com nosso sentimento).

1º – VEMOS, OUVIMOS, SENTIMOS.

2º – INTERPRETAMOS DE ACORDO COM NOSSOS FILTROS.

3º – PENSAMOS.

4º – SENTIMOS ALGO.

5º – REAGIMOS A TUDO ISSO COM UM DETERMINADO COMPORTAMENTO.

E como tudo isso se relaciona com o pressuposto “O mapa não é o território”? A resposta é simples.

Território é a INFORMAÇÃO (fato, acontecimento) que você está vivenciando (vendo, ouvindo e sentindo). Já o mapa é a INTERPRETAÇÃO que cada um faz daquilo que acontece. Cada pessoa tem o seu mapa, ou seja, a sua interpretação. A informação poderá ser a mesma para todos, mas a interpretação que cada um faz do que acontece é diferente para cada pessoa. Nós não vivemos o que acontece. Nós vivemos no mapa, isto é, na interpretação daquilo que acontece. Por isso, cada um reage de uma forma para um mesmo acontecimento.

Voltando as falas impróprias dos pais e colegas de aula mencionadas no começo deste artigo, você, ao passar por aqueles acontecimentos, pode ter duas maneiras de pensar: achar realmente que não tem assunto; que só diz besteira e tem ideia ridícula, ou interpretar de outra maneira. Poderia, por exemplo, pensar que os pais tiveram problemas no serviço, discutiram com alguém, não tiveram um dia tão bom e acabaram descontando em você. Quanto ao colega de escola, poderia interpretar que é uma pessoa sem educação; que a atitude de zombar alguém é porque quer “aparecer”, ou seja, chamar a atenção. Nada disso tem a ver com você, pois você é inteligente, tem boas ideias e assuntos excelentes!

A primeira forma de pensar criará uma crença limitante e, a segunda, uma crença fortalecedora e positiva (não se deixar abalar). E mesmo que você tenha criado uma crença limitante devido a certos acontecimentos, você pode vencê-la.

Isso mesmo! Essa é a boa notícia! Nós podemos REPROGRAMAR A NOSSA MENTE (estado interno), fazendo-a passar de um estado negativo para um estado positivo, ou seja, para curar um trauma ou uma crença limitante é preciso mudar a forma de pensar e, aliado a isso, causar estímulos visuais, auditivos e cinestésicos positivos, fortes e repetidos o suficiente para produzir novas crenças, porém, dessa vez, fortalecedoras.

É muito importante pensar positivo, pois a mente humana não distingue o que é real do que é imaginado.

Não adianta fingir que mudou. É preciso mudar a forma de entender e de pensar sobre a situação.

Mas, além dessa técnica de pensar positivo e ressignificar o acontecido, existem técnicas de Programação Neurolinguísticas capazes de pôr um fim nos traumas e crenças limitantes. Se você tem crenças que te impedem ou dificultam a tarefa de falar em público, venha fazer um curso de oratória comigo. Garanto que você vai ressignificar os acontecimentos do passado, criará crenças positivas e fortalecedoras, vencerá o medo de falar em público e aprenderá a habilidade tão desejada pelo mercado de trabalho atual: a habilidade de se comunicar de forma assertiva, encantadora e eficaz! Te espero nos meus cursos! Ao sucesso!

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