É mito ou verdade que os Juízes não gostam quando um advogado lê a sustentação oral?

Certa vez, ouvi um advogado dizer que a sustentação oral não deve ser lida, pois os Juízes e os Desembargadores não gostam quando um advogado lê sua sustentação oral. Com todo o respeito, não concordo, em parte, com esse posicionamento, haja vista que, em minha opinião, a leitura da sustentação oral é a atitude mais adequada. Porém, concordo que os julgadores não gostam quando o advogado lê a sustentação.

Mas, se a leitura é a atitude mais adequada, por que os Juízes e os Desembargadores não gostam quando um advogado lê a sustentação? A resposta é simples: devido à má leitura.

Infelizmente, muitos advogados, simplesmente leem a sustentação. Eles permanecem o tempo todo de cabeça baixa, com os olhos fixos no papel; não olham para os julgadores e, para completar, algumas vezes, a leitura não possui um ritmo agradável (é um verdadeiro sonífero). Com essas atitudes, os advogados não convencem, não conquistam a atenção e nem transmitem a verdade dos fatos pela voz. Não há a menor dúvida de que a leitura realizada dessa forma é um verdadeiro suplício!

Todavia, quando o advogado segue as técnicas de leitura em público e utiliza corretamente a voz, não há como não captar a atenção dos Magistrados e, principalmente, não há como não os convencer (obtendo êxito na causa). Veja a seguir mais algumas informações que corroboram a tese de que a sustentação oral deve ser lida:

  1. Utilizando as técnicas de marcação do texto ensinadas em meus cursos, o advogado tornará sua fala mais viva e conseguirá persuadir os Juízes e Desembargadores, pois saberá qual palavra deverá ser destacada; qual entonação utilizar em cada trecho. A sinceridade (honestidade) unida à utilização correta da voz e das técnicas de oratória conduz ao sucesso.
  2. Quando se lê, não há perigo algum de esquecer alguma informação. O mesmo não ocorre com a fala decorada ou com o discurso de improviso preparado. Ao esquecer alguma informação, não há como voltar atrás.

O advogado pode, também, fazer a sustentação oral por meio do improviso preparado, como já mencionei anteriormente. Essa forma de fazer a sustentação, quando bem realizada, é encantadora e, com enorme probabilidade de sucesso. Não haverá leitura.

No improviso preparado, o advogado prepara a sustentação oral e, após diversas leituras, consegue lembrar de todos os detalhes, sem decorar. Decorar é um grave erro!

O improviso preparado é como contar a mesma história para seu filho ou filha toda a noite (pois é a história favorita dele ou dela). No primeiro dia, você lê e conhece a história. Após várias noites lendo a mesma história, você nem precisa mais do livro. Você sabe contar toda a história. O que irá mudar é o jogo de palavras. Num dia você dirá, por exemplo: “Era uma vez num reino muito distante uma princesa chamada Ana, que morava com seu pai”. No dia seguinte você dirá: “Havia uma princesa, que morava no castelo com seu pai. O nome dela era Ana”. No terceiro dia dirá: “Num castelo morava a princesa Ana com seu pai, o rei. Eles moravam num reino muito distante”. A história é a mesma, mas, o jogo de palavras é diferente a cada dia.

Assim é o improviso preparado, encantador, quando bem realizado. Todavia, para fazê-lo com maestria é preciso usar as técnicas de oratória, especialmente, as técnicas de voz. O único inconveniente é o risco de esquecer alguma informação importante. Mas, para quem fizer os meus cursos, ensinarei como realizar a fala de improviso preparado e, com um presente: ensinarei como fazer para não esquecer nenhuma informação!

Finalizando, informo que durante a sustentação oral, além de utilizar as técnicas de leitura em público, o advogado deve também utilizar as técnicas para falar na tribuna e todas as técnicas de oratória, como: postura; voz; posição das mãos e das pernas; respeito ao tempo limite da sustentação oral etc.

Quer fazer uma sustentação oral de excelência? Quer encantar, persuadir, convencer e ter grandes chances de ganhar a causa? Então, inscreva-se no meu curso “Oratória para Sustentação Oral”, que ensina não apenas como realizar a sustentação, mas, tudo o que é importante para a vida jurídica no tocante à arte de falar em público.

Um grande abraço, nobre advogado(a)! Ao sucesso!

Posts Relacionados