Será que oratória é um dom? Conheça a história de Demóstenes.

Não! Falar bem em público não é um dom. Isso significa que todos podem aprender a falar em público e encantar os espectadores. Falar bem em público é fruto de muito treinamento.

Durante os vários cursos de oratória dos quais participei como aluno e naqueles que já lecionei, conheci pessoas extremamente tímidas, algumas nem sequer conseguiam pronunciar uma palavra na primeira apresentação. Elas simplesmente ficavam estáticas na frente da turma, com um sorriso sem graça no rosto e, muitas vezes, suavam exageradamente. Ao final dos cursos, os colegas diziam a elas: “Quem te viu, quem te vê!”. Transformavam-se em outras pessoas, ou seja, falavam com desenvoltura, com segurança e de forma expressiva. Era surpreendente!

Para aqueles incrédulos que insistem que falar bem em público é um dom que nasce com a pessoa, apresento um cidadão que não apresentava nenhum adjetivo de bom orador, mas que foi persistente e alcançou o tão sonhado sucesso:

Demóstenes foi o maior dos oradores gregos, contrariando a tese de que o bom comunicador já nasce feito.

Era um homem gago, franzino, com vários cacoetes nos braços e ombros, com muito medo de falar em público.

A persistência e a constância foram superiores aos seus defeitos.

Para sanar a gagueira, utilizava-se de pequenas pedras, que colocava na boca durante as horas que treinava seus discursos, pronunciando exageradamente todas as palavras.

Para a correção da postura, juntamente com o defeito de suspender inconscientemente os ombros à altura da cabeça, construiu uma engenhoca, onde uma corda atada do braço defeituoso ao teto e a uma espada instalada atrás de suas costas era acionada todas as vezes que o cacoete ocorria. E não é preciso dizer mais nada, sua determinação foi maior do que as dores sentidas pelas pontadas do metal. Superou todos os obstáculos, transformando-se no maior comunicador da culta Grécia.[1]

Fica evidente, com a leitura anterior, que oratória é treinamento e dedicação. Por isso, se você sonha em, ao menos, conseguir falar melhor em público, deve fazer como Demóstenes, isto é, sempre seguir em frente. Desistir é uma palavra que precisa ser riscada do dicionário, caso você pretenda se tornar um bom orador.

É obvio que, durante os treinamentos, seja em um curso de oratória, seja em casa, principalmente no começo, você ficará irritado ao notar que faz a posição do “balancinho” (ficar se apoiando ora sobre uma perna ora sobre a outra); que pronuncia vários “né?” e que gesticula em demasia, porém, se desistir, não alcançará o sucesso. Reflita: se Demóstenes, com todos aqueles obstáculos, conseguiu, por que você não conseguirá?

É perfeitamente normal errar bastante no começo dos treinos, afinal são muitos vícios e diversas técnicas, mas todos conseguem falar bem em público, cada um tem seu tempo. “Toda realização é feita pouco a pouco”.[2]

Lembro-me de que para vencer as dificuldades, no começo do treinamento, inventei até uma sigla: PEMG, onde cada letra correspondia à inicial das técnicas que eu não poderia esquecer, veja:

P: Postura.

E: Espalhar o olhar pela plateia.

M: Mãos na posição correta.

G: Gestos moderados.

No início, era irritante, pois me atrapalhava completamente. Não sabia se prestava atenção no que eu falava; se me preocupava em espalhar o olhar pelo público; se prestava atenção na posição das mãos ou se ficava atento ao gestual. Eram muitas técnicas para serem realizadas praticamente ao mesmo tempo. Todavia, não desisti, continuei treinando e, hoje, consigo dominar todas essas técnicas automaticamente, pois elas se tornaram um hábito, em virtude dos treinamentos.

Tudo isso, mais uma vez, comprova que oratória é treinamento, persistência e não um dom da pessoa. Sendo assim, coragem! Enfrente seu medo e jamais desista. Treinar muito e não desistir é um dos segredos do sucesso na arte de falar em público.

Se você quiser vencer o medo de falar em público e aprender a falar com segurança, desenvoltura, confiança, entusiasmo e emoção, te convido a fazer um dos meus cursos de oratória. Neles você conhecerá diversas técnicas e teorias tanto de oratória quanto de Coaching e Programação Neurolinguística que, aliadas à sua dedicação nos treinamentos, farão de você um orador encantador. Te espero nos cursos! Ao sucesso!


[1] Garcia, Acácio Moraes. Como Falar em Público com Naturalidade e Entusiasmo. 11. ed. Florianópolis. Editora do Autor. 2000. pp. 15-16.

[2] Luiz, André (Espírito). Sinal Verde/pelo Espírito André Luiz; psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier – São Paulo: Petit, 2004. p. 61.

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