Essa é uma ótima forma de conquistar a atenção, pois há uma grande probabilidade de arrancar risos da plateia.
Note que, no título deste artigo, utilizei a palavra “elegância”, pois, como você verá mais adiante, o orador não deve contar piadas e muito menos falar palavrão. Utilizar o bom humor com elegância é aproveitar uma palavra, uma frase, uma história ou uma situação que acaba de acontecer e torná-la engraçada e/ou atraente, porém, sem ser vulgar. O único cuidado é evitar ofender alguém com uma brincadeira de mau gosto.
A pessoa que utiliza o bom humor de forma requintada e correta atrai a atenção das outras pessoas que estão no ambiente.
Um exemplo de utilização de bom humor com elegância aconteceu em uma palestra promovida pela Comissão dos Jovens Advogados da Ordem dos Advogados do Brasil de Santa Catarina, na cidade de Florianópolis/SC.
Naquela oportunidade, palestrava o Dr. Diogo Pítsica, de quem tive a honra de ser aluno na universidade. O tema da palestra era “A Sustentação Oral nos Tribunais”. Em determinado momento, o palestrante explanava sobre a concisão informando que, especialmente no momento da conclusão, o orador (Advogado) não deve fazer rodeios, isto é, enrolar. Após transmitir essa informação, ele falou mais alguns minutos e, depois, disse: “E, para aqueles que acham que eu estou enrolando, informo que já irei encerrar…” A gargalhada foi geral! Um primoroso exemplo de aplicação correta do bom humor. Como o Dr. Pítsica estava na conclusão de sua palestra e já havia falado por quase uma hora, ele aproveitou a informação dada minutos antes (que o orador não deve enrolar – fazer rodeios) para captar a atenção dos espectadores, utilizando o bom humor (dizendo que ele não estava fazendo rodeios). Parabéns Dr. Diogo Pítsica, pela atitude!
Escutei outro exemplo de bom humor, quando fiz o Curso da brilhante Professora de Oratória, Lena Souza.
Lena conta que, certa vez, foi ministrar uma palestra e ao iniciar, não notou que havia uma pequenina escada para sair do palco e chegar próximo à plateia. Resultado: ela pisou em falso e deu uma cambalhota, parando apenas na frente do público. Em seu relato, ela conta que machucou o braço, além é claro de toda a dor causada pela queda. Claro! Todo mundo disfarçou o riso. Lena, que é experiente na arte de falar em público e, extremamente carismática, aproveitou o momento e disse em tom de brincadeira: “Cada um entra no palco da forma que quiser”. A gargalhada foi geral!
Esses exemplos desses brilhantes Professores comprovam que o bom humor conquista o público. Portanto, se, por exemplo, você estiver palestrando e, por uma infelicidade, tropeçar, aproveite a situação e diga: “Não podemos desanimar com nossos tropeços!”.
Brinque com seus erros e gafes. Mostre-se como um ser humano e não como um super-herói. O público gosta de um orador natural, simpático e humano.
Dessa forma, sempre que possível e com todo o cuidado e respeito, faça uso do bom humor, porém, com elegância, uma vez que ele atrai a atenção dos espectadores e proporciona momentos muito agradáveis.
Até o próximo artigo! Um grande abraço!